São Paulo, 22/10/2022.
Estávamos em um carro de aplicativo indo para a casa da minha mãe, quando as minhas meninas, como sempre, entraram no carro e me perguntaram o nome do motorista. O motorista foi super legal com elas, puxou conversa, brincou com os nomes, compartilhou que tinha filhos, as elogiou.
Papo vai, papo vem e elas vão dando cada vez mais informações como idade, onde estudam, nomes das avós, horários que ficam na escola
Eu ali, profundamente incomodada e, ao mesmo tempo, constrangida. Eu sabia que aquilo era um risco e por mais que já tenha conversado com as minhas filhas sobre não falar com estranhos, aquilo fugia da organização emocional que previ.
Quando saímos do carro, chamei a atenção das duas e a mais velha, de 7 anos, me disse:
– Ué, ele não é estranho, a gente entrou no carro dele.
E aí foi uma ótima oportunidade de diálogo com as pequenas sobre afetos, proximidade, segurança e privacidade de informações.
É interessante como a gente sempre acha que está preparando nossas crianças, que elas estão seguras com nossas instruções.
E como relação de confiança muda em relação a nós adultos e as nossas crianças. Deixo aqui meu relato de um dia de mix de reflexões que gerou uma excelente conversa com as meninas sobre estar atenta ao mundo.
Mãe de 29 anos, de duas meninas de 7 e 5 anos.
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Diário da Mãe em Construção 