São Paulo, 27/06/2023
Olá, mães, leitoras, e escritoras.
Em minha casa, quando pequena, meus pais estavam sempre lendo: em especial meu pai, gostava de ler crônicas. Certo dia, as gargalhadas, comenta: “ver os filhos crescer é como ver minhas rugas andando”!
Lembrei-me desta fala ao ler a última carta publicada.
A vida é um processo de transformação e de surpresas. A cada momento, parar e pensar no desenvolver dos acontecimentos, é surpreendente e magico.
Às vezes olho meus filhos, já adultos… penso naquele ser pequenino, dependente, que veio de mim. Parece um milagre!
Fico pensando em como tudo acontece.
Como que aquele ser, com um pouco mais de 3 quilos, anda por aí, fala, faz escolhas? Tem profissão, filhos…
Percebo em cada um deles, características minhas ou do pai, e me dou conta… que agora sou imortal. Presunção minha? Nada disso! Apenas realizo, que continuo neles! E não é isso mesmo?
Do nascimento de minha neta, que hoje está com 11 anos, ainda na maternidade vi meu filho dando o primeiro banho na bebê recém-nascida! Não esqueço, e lembrar me emociona.
Tive o prazer de vê-la diariamente, pois nos primeiros meses, fui honrada com a função de banhá-la. Compromisso que cumpri com o maior prazer. Era um momento só nosso.
Relembrei dos meus filhos pequenos, que cabiam praticamente na minha mão e hoje, todos crescidos e casados!!!! Cada um a seu modo, mas carregando minha imortalidade. Continuo em cada um deles!
Alguma vez já se deram conta desta maravilha?
Envelhecer, nem sempre é para todos!
Confesso que ao me olhar no espelho ou ainda, caminhando, jovens passam por mim, sem esforço.
Deve ser a bagagem de vida e a experiência que adquiri durante minha vida, que faz a diferença! Será?
Envelhecer é fácil? De forma alguma, mas trago comigo estas vivências, umas gostosas, outras nem tanto, mas esta é minha história de vida!
Por enquanto. E ainda muito está por vir!!!!
Tenho 72 anos, filha de 50, filhos de 48 e 49 e neta de 11.
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Diário da Mãe em Construção 