Aleitamento materno: sim! Fora o preconceito!

Matozinhos, MG, 14 de fevereiro de 2023. 

Antes de o meu primeiro filho nascer, não poderia imaginar que a amamentação exclusiva é motivo de preconceitos, mesmo sendo tão importante para a nova criança que está crescendo; por isto, gostaria de escrever sobre a minha impressão de que ainda temos muito a evoluir como sociedade verdadeiramente apoiadora do aleitamento materno..

Apesar de ouvir/ler muitas vezes sobre a importância do ato de amamentar, ao ter o meu primeiro filho vivenciei situações nas quais, sem querer/perceber, as pessoas demonstraram certo preconceito para com quem amamenta exclusivamente até os 06 (seis) meses de idade, bem como após a introdução de outros alimentos. Comumente era questionada com um tom de surpresa/estranheza se ‘ainda’ estava amamentando. Em momento algum isto me desencorajou, mas, acredito que outras mães possam se sentir desestimuladas a amamentar ao se deparar com tais indagações, algumas vezes vindas da própria família.  Orgulhosamente, relato que tive leite e meu primeiro filho aceitou o meu leite até cerca de 1 (um) ano e 3 (três) meses, sendo que houve quase a total exclusividade até os 06 (seis) meses – na primeira semana de vida dele tive uma pequena dificuldade de adaptação e ele precisou de complemento. 

O fim da amamentação foi muito natural para nós dois, ele foi procurando menos vezes e o meu leite foi diminuindo (ou o contrário, confesso que não sei precisar com exatidão). Eu nunca tive leite em excesso, acredito que isso tenha colaborado com a tranquilidade nessa etapa, bem como a fácil aceitação dele para com o leite de vaca que foi liberado pelo pediatra quando ele fez 1 (um) ano de idade.

Atualmente, já com meu segundo filho quase completando 06 (seis) meses, confirmo minha percepção anterior e ainda ouço opiniões/comparações incentivando-me a oferecê-lo outros alimentos antes de ele atingir a idade ideal para iniciar a introdução alimentar, principalmente pelo fato de eu estar produzindo menos leite e estar dando complemento desde os 04 (quatro) meses dele.

Sou totalmente favorável ao aleitamento materno, inclusive ao exclusivo até os seis meses de vida, quando possível; contudo, entendo que esta é uma decisão da mãe, que não deve sentir-se culpada caso não consiga amamentar. Costumo dizer para outras mães: “siga seu coração e seja feliz com sua criança, pois cada mãe/filho(a)/gestação são únicos”. Claro que muitas vezes as situações repetem-se, mas, não necessariamente, o que é o ideal para uma criança-mãe será benéfico para todas. 

Por fim, acredito que o principal é sempre lembrarmos que devemos tentar fazer aquilo que será melhor para nós e para nossos filhos(as)! 

Desejo que as opiniões e preconceitos alheios não nos impeçam de agir da forma que nos fará felizes e realizadas!

Aline, mãe do Heitor, 3 anos e Joaquim, 5 meses.


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